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[Análise] God of War: Chains of Olympus

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Mensagem por Hickmorais Sex 18 Abr 2008, 17:32

Distribuidor: Sony
Programador: Sony
Categoria: Ação/Aventura
Data da Análise: 13/03/2008
Autor: Marcelo Faria - Outer Space

Talvez não existam mais minotauros andando nas ruas porque Kratos matou todos eles em God of War. E o mesmo vale para harpias, górgonas, ciclopes e, principalmente, soldados gregos zumbis. Para quem nunca ouviu falar, Kratos é um anti-héroi espartano que foi amaldiçoado pelo deus grego da guerra, Ares, e se tornou uma máquina de matar em God of War I e II no Playstation 2. No PSP, o massacre da mitologia grega continua com God of War: Chains of Olympus. Pura diversão.

And I used to be such a nice Guy

Apesar de estrear em uma nova plataforma, e sob os auspícios da Ready at Dawn, uma produtora diferente, o novo God of War: Chains of Olympus não deve decepcionar quem gostou dos primeiros da série. O jogo segue com fidelidade extrema os fatores de sucesso que consagraram a franquia no PS2, e consegue divertir quase o mesmo tanto.
A história de Chains of Olympus é basicamente um prólogo para a série principal de PS2 e acontece dez anos antes das aventuras de Kratos no PS2. Nessa época, o espartano já era um guerreiro sanguinário escravizado pelos deuses do Olímpio, mas é possível notar que o anti-herói ainda retinha alguns traços de sua humanidade.

De forma geral, o God of War de PSP sai-se muito bem na tela pequena. A Ready at Dawn conseguiu adaptar a série com maestria no portátil, mimetizando cada detalhe dos jogos de PS2. Mas é claro, acaba que algo se perde na tradução, e no caso de Chains of Olympus, isso acontece com as variações de jogabilidade. Talvez na tentativa de deixar o jogo o mais imaculado possível, a Ready at Dawn não arriscou em criar algo utilizando as propriedades únicas do PSP, ou em fazer momentos em que a jogabilidade varie como acontecia em algumas cenas dos outros títulos da série. O jogo é um tanto quanto limitado nesse ponto, mantendo a jogabilidade de God of War do jeito mais básico possível.

No começo, Kratos está defendendo a Ática de um ataque persa, e logo aí já é apresentada ao jogador toda a mecânica básica e jogabilidade de God of War, que é exatamente a mesma vista nos jogos de PS2: combate baseado em dois botões de ataque e um de agarramento, combos, algumas magias, puzzles simples, um sistema de experiência para evoluir as armas de Kratos e mini-games variados, que servem tanto para derrotar chefões e sub-chefes quanto para se envolver amorosamente com duas garotas simultaneamente. Algumas suaves variações na jogabilidade surgem no decorrer do jogo, mas nada que altere a fórmula básica de God of War.

Esse primeiro capítulo, assim como as primeiras partes de God of War I e II, é apenas uma introdução que não tem fortes ligações com o enredo principal do jogo. A história que se desenvolve após a vitória de Kratos em Ática é um tanto mais profunda, envolvendo um seqüestro do deus Hélios, o titã Atlas e o Hades, um lugar por onde Kratos sempre costuma fazer uma visita. Além disso, contamos também com a presença da deusa Eos, que personifica o amanhecer na mitologia grega, e possivelmente é uma referência ao nome da produtora responsável pelo jogo. Nota-se aí um ponto positivo da série God of War: as histórias se destacam mesmo em um gênero que historicamente não depende dela para ser divertido. Felizmente, a Ready of Dawn se preocupou em criar um enredo que envolve os jogadores e serve bem como contexto para o massacre.

Sete horas de diversão portátil

A aventura de Kratos no PSP soma algo como sete horas de diversão. É um tempo curto se comparado aos demais jogos da série, mas provavelmente não seria possível algo maior com tanta qualidade gráfica visual e sonora, provavelmente as melhores já vistas na tela do PSP. Utilizando um sistema gráfico similar ao de Daxter, porém aprimorado, a Ready of Dawn consegue fazer com que a experiência visual de Chains of Olympus seja algo sem paralelo no PSP. Luz, sombra, texturas e animações, estão todos em um nível que não seria possível antes da atualização que mudou a velocidade do processador do PSP para os 333 Mhz.

As cenas de corte de Chains of Olympus também não decepcionam. Existem algumas poucas que utilizam computação gráfica avançada, e são muito bonitas; outras são apenas arte conceitual com alguma animação, que também agradam. E também existem aquelas que utilizam os gráficos do próprio jogo, que são bem apropriadas na maior parte das vezes.

Um ponto de convergência entre as cenas de corte e o jogo em si é a qualidade sonora. As ótimas dublagens de Kratos continuam presentes, assim como as de Atena e Gaia. Os efeitos sonoros estão bem adequados e a trilha sonora talvez esteja ainda melhor que os demais jogos da série. Do ponto de vista técnico, God of War de PSP é impecável.

Conclusão: 9/10

O Veredicto: God of War: Chains of Olympus é um dos melhores jogos do PSP, mas o mais fraco, ou “menos bom”, na série. Os visuais e sons parecem extrair o máximo do portátil da Sony, mas a jogabilidade é basicamente uma adaptação mais limitada daquela vista nos jogos de PS2. Espere de Chains of Olympus um excepcional jogo de ação para portátil, com visuais incríveis, mas, de fato, um God of War um pouco menor.

Prós:

- Kratos de volta, massacrando pra valer;
- Extremamente divertido;
- Ótimos gráficos e sons.

Contras:

- Sem novidades na jogabilidade, é a mesma fórmula de sempre;
- Curto para um God of War: sete horas apenas. (Apesar que muitos zeram em 4:30h)
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