[Análise] Driver 76
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[Análise] Driver 76
Distribuidor: UbiSoft
Programador: Sumo Digital
Categoria: Ação/Corrida
Data da Análise: 18/05/2007
Autor: Tiago Marinho - Outer Space
Driver fez uma carreira de grande sucesso no PSX como um jogo quase que puramente centrado na direção de um carro, até mudar de foco em sua terceira versão - DRIV3R - e adotar um estilo similar ao de GTA, no qual o jogador controla uma pessoa moralmente desfavorecida (ou "bandido", na forma mais popular) e deve cumprir várias missões em um mapa aberto, seja a pé ou motorizado, cometendo um sem fim de atos ilegais e perigosos, porém bem divertidos. O mais interessante é que não é necessário seguir com a história do jogo, sendo possível simplesmente passear pela cidade com diversos carros legais, mudar o visual do personagem principal e realizar tarefas das mais estranhas e divertidas possíveis, atraindo ao mesmo tempo gamers harcore e casuais.
Na onda dos anos 70!
O número 76 do título refere-se ao ano no qual se passa o jogo, com direito a todas as manias da década psicodélica como calças boca de sino, cabelos "black power", carros da época e muito, muito funk! Na pele de Ray, o personagem principal, o jogador será guiado através de dezenas de missões, distribuídas entre seis capítulos, em busca da aprovação de um chefão da máfia chinesa (ou Tríade) para namorar sua filha. Acompanhado pelo super funky Slink, um personagem que é uma caricatura bem "Disco" dos anos 70, impossível de ser compreendido devido ao seu sotaque e suas inúmeras gírias, Ray precisará realizar as mais loucas peripécias, como roubar carregamentos de lagostas e caviar ou carros novos, enganar cubanos e bancar o motorista para figuras importantes, tudo isso com o intuito de fazer seu nome no submundo do crime e conquistar a simpatia do sogrão.
A trama é claramente uma paródia dos jogos do estilo, e é contada de maneira brilhante através de histórias em quadrinhos que parecem ter sido desenhados nos próprios anos 70, com muitas cores e ação. O desenrolar do roteiro tem algumas reviravoltas, e enquanto Ray tenta agradar aos chineses, acaba criando problemas com todo o restante das gangues, arrastando consigo um desgostoso Slink.
Durante o jogo, as missões são selecionadas em uma tela especial, onde ficam indicadas as principais e as paralelas, e são chamadas de “serviços”. Os serviços principais avançam a história e contemplam todo tipo de crime que pode ser praticado sobre quatro rodas, como roubar carros dos mais diversos tipos, desviar cargas, transportar pessoas, fugir da polícia ou de seguranças, seguir chefões do crime para depois eliminá-los, etc. Infelizmente, tudo é muito parecido com situações encontradas em títulos similares, inclusive outros da própria série, e Driver ’76 segue uma espécie de “receita de bolo criminosa” que em alguns momentos pode chatear pela ausência de novidades.
Além dos serviços principais, existem alguns serviços paralelos, durante os quais o jogador pode ganhar algum dinheiro para gastar com itens e melhorias para veículos e armas, e é possível até mesmo personalizar as carangas adquiridas com pinturas e acessórios. Estes serviços envolvem dirigir táxis, espancar caloteiros, entregar encomendas ou participar de diversas corridas (e vários rachas) pela cidade afora. Tirando as missões de lado, é possível simplesmente passear pela cidade, causando confusão e dirigindo carros em alta velocidade, com direito a perseguição policial e tudo.
Na maior parte do tempo (felizmente), Ray permanece dentro de um carro executando suas tarefas, porém existem situações nas quais ele deve andar a pé, e quer seja para arrombar uma loja ou enfrentar membros de gangue, esta é uma das partes mais frustrantes do jogo, já que o personagem não consegue pular ou correr, e andar por certas partes demanda enormes voltas por culpa de uma pequena cerca.
Essa ação toda se passa em uma réplica da cidade de Nova York da época, com muitos prédios e cenários detalhados que representam bairros famosos como Queens e Brooklyn, e até mesmo a ilha de Manhattan. As ruas são freqüentadas por um bom volume de pedestres e veículos, mas a quantidade destes que compartilha a tela com Ray é bastante limitada, provavelmente devido às restrições técnicas do portátil. Ainda assim, são mais de 50 tipos carros diferentes espalhados pela cidade, além de quase 80 missões dentre as quais escolher, números que poderiam ser mais surpreendentes caso os serviços não fossem tão curtos – é possível completar as missões principais em pouco mais de 3 horas, e o restante em mais 6 ou 7 horas.
Play that funky music, white boy...
A trilha sonora de Driver '76 é o principal atrativo do jogo, e conta com músicas bem animadas da época, muitas das quais são famosas até hoje, passando principalmente pelos ritmos do funk e discoteca. Os efeitos sonoros são satisfatórios, mas acabam apagados pela batida dos anos 70, que rege a ação de maneira magistral.
Os gráficos do jogo, por outro lado, são pouco elaborados: as imagens parecem um pouco borradas e as texturas são muito planas, tirando grande parte da sensação de se estar em uma grande cidade. A animação dos personagens é dura e eles acabam se parecendo com personagens de jogos 3D do início da época do PSX, meio quadradões. Existem muitos detalhes, mas faltou melhor acabamento.
Os controles são muito simples e sensíveis, respondendo bem aos poucos comandos, e devido a isso não há muitas opções de configurações a escolher. Os movimentos são controlados pelo analógico, e as setas são utilizadas para passear por menus e opções. A câmera é controlada pelos botões quadrado e bola, mas se adapta muito bem às costas do personagem e são raras as ocasiões em que o jogador precisa manipulá-la manualmente. Para os momentos de ação, existe um sistema de mira automática acionado pelo botão L, mas os mais animados podem optar pela mira manual, que segue os mesmos problemas de precisão de outros jogos de tiro do PSP.
Driver ‘76 sofre com extensos tempos de carregamento entre as missões, e em alguns momentos ele pode demorar quase dois minutos para iniciar uma fase. Durante as missões, porém, o jogo é bastante fluido, exceto por raros momentos nos quais ele simplesmente trava quando ao chegar em uma nova área da cidade, quebrando a ação repentinamente para carregar aquele trecho do jogo. Mesmo sendo curtos, estes travamentos atrapalham bastante quando se está dirigindo em alta velocidade em meio a diversos obstáculos
Enfim, há um modo multiplayer via ad hoc (conexão com PSPs próximos), pelo qual dois a quatro competidores podem entrar em uma corrida comum ou em um derby de demolição, saindo vencedor aquele que destruir mais carros dos adversários, além de durante a conexão ser possível fazer trocas de diversos itens encontrados espalhados pelo cenário.
Conclusão: 6/10
O Veredicto: Driver '76 deu um passo na direção correta, provendo diversão em quatro rodas com tarefas bem variadas que deixam para trás muitos carros quebrados. As missões principais são muito curtas, mas existem dezenas de outras secundárias, e o modo de just drive, em que o jogador tem plena liberdade para passear por Nova York, pesa positivamente na hora de uma partida descompromissada. Infelizmente, o jogo lembra demais GTA, e na comparação, perde para seu rival em diversos quesitos técnicos, passando tanto por gráficos quanto pelo carisma dos personagens e a quantidade de missões. Mas ainda vale a pena conferir, nem que seja apenas para ouvir umas músicas disco e funk dos anos 70.
Prós:
- Músicas excelentes da época;
- Corridas de carro emocionantes;
- Mapa aberto com liberdade para o jogador.
Contras:
- Comparação inevitável com GTA, sendo este último bem melhor;
- Longevidade muito pequena;
- Gráficos aquém da capacidade do console.
Programador: Sumo Digital
Categoria: Ação/Corrida
Data da Análise: 18/05/2007
Autor: Tiago Marinho - Outer Space
Driver fez uma carreira de grande sucesso no PSX como um jogo quase que puramente centrado na direção de um carro, até mudar de foco em sua terceira versão - DRIV3R - e adotar um estilo similar ao de GTA, no qual o jogador controla uma pessoa moralmente desfavorecida (ou "bandido", na forma mais popular) e deve cumprir várias missões em um mapa aberto, seja a pé ou motorizado, cometendo um sem fim de atos ilegais e perigosos, porém bem divertidos. O mais interessante é que não é necessário seguir com a história do jogo, sendo possível simplesmente passear pela cidade com diversos carros legais, mudar o visual do personagem principal e realizar tarefas das mais estranhas e divertidas possíveis, atraindo ao mesmo tempo gamers harcore e casuais.
Na onda dos anos 70!
O número 76 do título refere-se ao ano no qual se passa o jogo, com direito a todas as manias da década psicodélica como calças boca de sino, cabelos "black power", carros da época e muito, muito funk! Na pele de Ray, o personagem principal, o jogador será guiado através de dezenas de missões, distribuídas entre seis capítulos, em busca da aprovação de um chefão da máfia chinesa (ou Tríade) para namorar sua filha. Acompanhado pelo super funky Slink, um personagem que é uma caricatura bem "Disco" dos anos 70, impossível de ser compreendido devido ao seu sotaque e suas inúmeras gírias, Ray precisará realizar as mais loucas peripécias, como roubar carregamentos de lagostas e caviar ou carros novos, enganar cubanos e bancar o motorista para figuras importantes, tudo isso com o intuito de fazer seu nome no submundo do crime e conquistar a simpatia do sogrão.
A trama é claramente uma paródia dos jogos do estilo, e é contada de maneira brilhante através de histórias em quadrinhos que parecem ter sido desenhados nos próprios anos 70, com muitas cores e ação. O desenrolar do roteiro tem algumas reviravoltas, e enquanto Ray tenta agradar aos chineses, acaba criando problemas com todo o restante das gangues, arrastando consigo um desgostoso Slink.
Durante o jogo, as missões são selecionadas em uma tela especial, onde ficam indicadas as principais e as paralelas, e são chamadas de “serviços”. Os serviços principais avançam a história e contemplam todo tipo de crime que pode ser praticado sobre quatro rodas, como roubar carros dos mais diversos tipos, desviar cargas, transportar pessoas, fugir da polícia ou de seguranças, seguir chefões do crime para depois eliminá-los, etc. Infelizmente, tudo é muito parecido com situações encontradas em títulos similares, inclusive outros da própria série, e Driver ’76 segue uma espécie de “receita de bolo criminosa” que em alguns momentos pode chatear pela ausência de novidades.
Além dos serviços principais, existem alguns serviços paralelos, durante os quais o jogador pode ganhar algum dinheiro para gastar com itens e melhorias para veículos e armas, e é possível até mesmo personalizar as carangas adquiridas com pinturas e acessórios. Estes serviços envolvem dirigir táxis, espancar caloteiros, entregar encomendas ou participar de diversas corridas (e vários rachas) pela cidade afora. Tirando as missões de lado, é possível simplesmente passear pela cidade, causando confusão e dirigindo carros em alta velocidade, com direito a perseguição policial e tudo.
Na maior parte do tempo (felizmente), Ray permanece dentro de um carro executando suas tarefas, porém existem situações nas quais ele deve andar a pé, e quer seja para arrombar uma loja ou enfrentar membros de gangue, esta é uma das partes mais frustrantes do jogo, já que o personagem não consegue pular ou correr, e andar por certas partes demanda enormes voltas por culpa de uma pequena cerca.
Essa ação toda se passa em uma réplica da cidade de Nova York da época, com muitos prédios e cenários detalhados que representam bairros famosos como Queens e Brooklyn, e até mesmo a ilha de Manhattan. As ruas são freqüentadas por um bom volume de pedestres e veículos, mas a quantidade destes que compartilha a tela com Ray é bastante limitada, provavelmente devido às restrições técnicas do portátil. Ainda assim, são mais de 50 tipos carros diferentes espalhados pela cidade, além de quase 80 missões dentre as quais escolher, números que poderiam ser mais surpreendentes caso os serviços não fossem tão curtos – é possível completar as missões principais em pouco mais de 3 horas, e o restante em mais 6 ou 7 horas.
Play that funky music, white boy...
A trilha sonora de Driver '76 é o principal atrativo do jogo, e conta com músicas bem animadas da época, muitas das quais são famosas até hoje, passando principalmente pelos ritmos do funk e discoteca. Os efeitos sonoros são satisfatórios, mas acabam apagados pela batida dos anos 70, que rege a ação de maneira magistral.
Os gráficos do jogo, por outro lado, são pouco elaborados: as imagens parecem um pouco borradas e as texturas são muito planas, tirando grande parte da sensação de se estar em uma grande cidade. A animação dos personagens é dura e eles acabam se parecendo com personagens de jogos 3D do início da época do PSX, meio quadradões. Existem muitos detalhes, mas faltou melhor acabamento.
Os controles são muito simples e sensíveis, respondendo bem aos poucos comandos, e devido a isso não há muitas opções de configurações a escolher. Os movimentos são controlados pelo analógico, e as setas são utilizadas para passear por menus e opções. A câmera é controlada pelos botões quadrado e bola, mas se adapta muito bem às costas do personagem e são raras as ocasiões em que o jogador precisa manipulá-la manualmente. Para os momentos de ação, existe um sistema de mira automática acionado pelo botão L, mas os mais animados podem optar pela mira manual, que segue os mesmos problemas de precisão de outros jogos de tiro do PSP.
Driver ‘76 sofre com extensos tempos de carregamento entre as missões, e em alguns momentos ele pode demorar quase dois minutos para iniciar uma fase. Durante as missões, porém, o jogo é bastante fluido, exceto por raros momentos nos quais ele simplesmente trava quando ao chegar em uma nova área da cidade, quebrando a ação repentinamente para carregar aquele trecho do jogo. Mesmo sendo curtos, estes travamentos atrapalham bastante quando se está dirigindo em alta velocidade em meio a diversos obstáculos
Enfim, há um modo multiplayer via ad hoc (conexão com PSPs próximos), pelo qual dois a quatro competidores podem entrar em uma corrida comum ou em um derby de demolição, saindo vencedor aquele que destruir mais carros dos adversários, além de durante a conexão ser possível fazer trocas de diversos itens encontrados espalhados pelo cenário.
Conclusão: 6/10
O Veredicto: Driver '76 deu um passo na direção correta, provendo diversão em quatro rodas com tarefas bem variadas que deixam para trás muitos carros quebrados. As missões principais são muito curtas, mas existem dezenas de outras secundárias, e o modo de just drive, em que o jogador tem plena liberdade para passear por Nova York, pesa positivamente na hora de uma partida descompromissada. Infelizmente, o jogo lembra demais GTA, e na comparação, perde para seu rival em diversos quesitos técnicos, passando tanto por gráficos quanto pelo carisma dos personagens e a quantidade de missões. Mas ainda vale a pena conferir, nem que seja apenas para ouvir umas músicas disco e funk dos anos 70.
Prós:
- Músicas excelentes da época;
- Corridas de carro emocionantes;
- Mapa aberto com liberdade para o jogador.
Contras:
- Comparação inevitável com GTA, sendo este último bem melhor;
- Longevidade muito pequena;
- Gráficos aquém da capacidade do console.
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